AFLORA e Flor e Espinho: conheça o projeto que fortalece a cultura no Centro-Oeste
24 de outubro de 2025

AFLORA e Flor e Espinho: conheça o projeto que fortalece a cultura no Centro-Oeste

Iniciativa sul-mato-grossense busca ampliar o número de associações e cooperativas culturais.

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Durante um bate-papo sobre cultura e políticas públicas em NIOAQUE Mato Grosso do Sul, na última sexta-feira dia 17 de Outubro de 2025, Fernanda Teixeira explicou as diferenças entre o Projeto AFLORA e a Associação Flor e Espinho, dois nomes que caminham juntos, mas com papéis distintos dentro da cena cultural regional.

Fernanda contou que a Associação Flor e Espinho é a entidade responsável pela execução do Projeto AFLORA, uma iniciativa financiada por uma emenda parlamentar da deputada federal Camila Jara. O projeto nasceu da constatação de que o Centro-Oeste ainda tem poucos grupos e coletivos formalizados, e que o Mato Grosso do Sul é o estado com menos associações e cooperativas registradas na região.

“O AFLORA veio justamente para estimular essa organização e dar mais força para quem já faz cultura, mas muitas vezes sem estrutura formal”, explicou Fernanda.

Além de falar sobre o projeto, o debate também contou com a participação de Jessé Jerônimo dos Santos, que trouxe à tona a importância dos eventos culturais para a cidade. Ele destacou como essas ações movimentam a economia local, fortalecem o sentimento de pertencimento e criam espaços de encontro entre artistas e comunidade.

Já na comunidade ”Quilombola Cardoso, onde foi realizada uma a oficina de elaboração de projetos. Segundo Jessé, levar formações e ações culturais para territórios como o Cardoso é uma forma concreta de descentralizar a cultura e ampliar o acesso ao conhecimento.

Jessé cita que o monitoramento é realizado através da Aflora, onde é feito o cadastramento das ações da região no mapa da cultura; “podemos destacar o Projeto Olodum quilombola Cardoso, Fanfarra municipal na escola Odete Ignes, Projeto Bate Lata na Escola Municipal Guilherme Correia, o projeto de música da Escola Amália Martins Gazote, e o projeto de Geração de Renda das Mulheres do bairro Bahia", complementa.

Outro tema que gerou interesse foi o acesso a recursos por parte dos artistas. Surgiu a dúvida: é preciso estar vinculado a alguma associação para participar de editais ou receber apoio financeiro?

A resposta foi clara — não é obrigatório. A cultura, como lembraram os participantes, é um dos campos mais democráticos nesse sentido. Um exemplo disso é a Lei Aldir Blanc, que possibilitou que artistas e agentes culturais independentes recebessem recursos públicos diretamente, sem precisar de intermediação institucional.

O encontro reforçou a importância de discutir formas de fortalecer o setor cultural, promovendo o diálogo entre artistas, gestores e entidades. Projetos como o AFLORA mostram que a organização e o conhecimento são aliados poderosos para quem vive e faz cultura, especialmente em regiões onde o apoio ainda é limitado.